Federação Colombiana de Poker resiste a tentativa de interdição e mantém torneio em andamento

Um momento de grande tensão marcou o cenário do poker colombiano nesta semana, quando a Federação Colombiana de Poker (FCP) enfrentou uma tentativa de interdição por parte da Coljuegos, entidade que regula os jogos de azar no país. O incidente ocorreu durante a realização do Circuito Colombiano de Poker em Cartagena, mas a organização do torneio resistiu à pressão e conseguiu manter a competição em andamento.
O presidente da FCP, Johann Ibáñez, explicou que a federação opera sob o amparo da Lei do Esporte e possui reconhecimento oficial do Ministério do Esporte da Colômbia, o que a coloca fora da jurisdição da Coljuegos. Segundo Ibáñez, o poker, sendo um esporte da mente, não se enquadra na legislação de jogos de azar.
O operativo da Coljuegos tinha como objetivo claro a paralisação do evento. No entanto, as autoridades não puderam efetivar o fechamento ao constatar que os participantes eram atletas federados, vinculados a clubes com reconhecimento esportivo, e não apostadores. A ação gerou uma onda de críticas nas redes sociais, com muitos apontando uma possível extralimitação de competência por parte da entidade reguladora e defendendo que a fiscalização da modalidade deveria caber ao Ministério do Esporte.
Veja o registro feito pelo jogador colombiano Carlos Camargo, em seu instagram:
Ibáñez destacou que a luta pelo reconhecimento do poker como esporte na Colômbia se espelha no exemplo do Brasil, onde a Confederação Brasileira de Texas Hold'em (CBTH) enfrentou e venceu mais de 130 batalhas judiciais para consolidar a legalidade da modalidade.
Apesar da tensão, a FCP manteve o torneio em andamento, recebendo o apoio de jogadores, clubes e ligas de todo o país. A repercussão do caso internacionalmente, inclusive, reforça a luta de entidades, clubes e jogadores em prol do reconhecimento do poker como esporte da mente.
Foto: CodigoPoker.