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Personagens do Gauchão de Poker: conheça a história de Erick Marques

Erick Marques
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GGPoker

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O profissional gaúcho Erick Marques, jogador do Experience Poker Team, é o nosso personagem destaque do Gauchão de Poker. Figura carimbada nas duas etapas de 2025, ele conseguiu bons resultados principalmente nos high rollers e está na disputa do ranking paralelo, atualmente na 5ª posição. E foi justamente da etapa de Chapecó (SC), a última do circuito, que Erick traz a recordação de um “causo” curioso e que rendeu muitas alegrias.

Tradicional no Gauchão, os amigos se reúnem para viajar juntos até a sede da etapa. Para Chapecó, Erick Marques foi de carona com os também jogadores Lucas Santos e Willian Ribas e, após o término da etapa, a manhã de segunda-feira foi escolhida para o retorno até Porto Alegre (RS).

Acontece que Erick estava gigante no Dia 2 de um torneio da Bounty Hunters Series, no GGPoker, comandando a conta “Heinekengelada”. A saída foi jogar a reta pelo celular, e ele contou essa história numa conversa com o PokerLife. Confira a entrevista exclusiva com o jogador:

Conta pra gente, como foi essa saga jogando pelo celular no meio da estrada?

Cara, geralmente antes de virar profissional, eu costumava jogar bastante no celular as retinhas, mas essa foi a primeira que eu tive que pegar no meio de uma viagem, foi o que deu pra fazer. Eu estava lá em Chapecó e o Dia 2 do torneio era à tarde, aí a minha carona lá de Chapecó saía de manhã, então eu peguei e comecei a jogar o torneio ali por Soledade (RS), mais ou menos.

Cheguei 200 left aqui em Porto Alegre, fui pra casa (em Canoas, na Região Metropolitana), vi minha namorada, minha mãe, conversando com elas e jogando ali do celular. Aí quando formou 100 left e eu pensei “tá, agora vou pular no PC, que é coisa mais séria, agora o bicho vai pegar.

E felizmente deu tudo certo.

É, as coisas foram acontecendo, foi uma coisa extraordinária, bem fora da curva. Consegui chegar bem, num field de 14 mil pessoas, então foi algo absurdo, assim, foi muita coisa. Eu passei por inúmeras quedas de conexão também, então eu dava all-in rápido e caía a conexão. Ficava naquela expectativa pra ver se tinha brilhado ou não, e a maioria deu bom.

Acho que eu perdi uns dois, assim, só que eram curtos. Quando eu cheguei no PC, parece que tudo aconteceu. Assim, na mesa semifinal eu tinha 70 blinds, que a média era 40. Eu dei a sorte também de como o buy-in era barato, a reta ali chegaram eu e mais dois regs, a maioria era do abi 2, 3, então a galera tava buscando o big hit da vida e era provavelmente o maior torneio que eles já tinham jogado, né. Não foi fácil, mas também eu não tive grandes problemas, assim, pra continuar mantendo stack. Acabei ficando em 3º e puxando US$ 28.091. Então foi muito bom, cara, experiência surreal, uma baita história pra contar, né, foi muito legal.

E agora, com o seu big hit, muda algo no seu jogo?

Cara, vai seguir a mesma coisa, gente vai subir ligeiramente o abi no meu time, pouquinha coisa, mas a questão da minha rotina, da minha performance vai continuar a mesma coisa. Eu vou adicionar algumas coisas agora, um nutricionista e um personal pra minha equipe, digamos assim, pra continuar o trabalho e continuar a evolução. Mas, basicamente vai seguir a mesma pegada, exercício matinal, uma boa alimentação e um sono de qualidade, sempre que possível, esse é o foco.

Hoje você joga em um time, o Experience, mas como foi no início?

Eu joguei por pouco tempo por conta e era uma época que o poker era meio obscuro pra mim, os caminhos que eu ia trilhar... e aí um grande amigo meu, que eu não posso deixar de citar aqui, o Eduardo Feula, ele me deu a oportunidade para ser “cavalo” dele, como a gente fala. A gente dividia o lucro e ele me dava aula. Ali começou a minha evolução no poker, eu comecei jogando Sit and Go, 180 players, US$ 1 (buy-in), pagava 49 (dólares) o título, eu me lembro. Aí avancei pros 4,50 e depois comecei a jogar MTT, baratinho também.

Na época que eu jogava pro Midas, eu cheguei até um average buy-in de 25, 30 (dólares), mas acabei deixando os sites pra jogar aplicativo, aí tive uma experiência muito boa no Phoenix Poker Team, mas não me adaptei com a rotina. Era uma rotina muito noturna e eu sou um cara matinal, eu gosto de acordar cedo, gosto de fazer exercício de manhã, pegar o sol da manhã, então era muito difícil pra mim fazer essa adaptação.

Eu acho que a grande diferença é a segurança que o time te dá, pro teu bankroll, pro teu nível técnico, eles estão sempre acompanhando tuas stats, que é algo que se tu joga por conta, tu vai ter que buscar fora, não vai ter alguém pra ti. Esse é o principal diferencial, pra mim, e é algo que pretendo manter pelos próximos anos da minha carreira.

Falando em carreira, quem te inspira no poker?

Tem um cara que me inspirou muito lá no começo, ele foi um dos primeiros brasileiros a se destacar nos high stakes, que foi o João Simão. Pra mim ele é um exemplo de pai, de marido, jogador de poker, empresário, enfim, ele pra mim é um grande exemplo, uma grande inspiração. Atualmente, não posso deixar de citar o Yuri (Martins), porque é algo fora da curva, assim, ele é sinistro, eu me inspiro muito nas ações dele, em tudo que ele faz, e realmente é uma grande inspiração pra mim, se eu puder chegar metade do que ele chegou, pra mim eu vou estar feliz da vida. Isso.

Qual é o seu recado para quem está começando?

Manter os pés no chão, entender bem a dinâmica do jogo, não entrar de cabeça. Principalmente se tu quiser fazer a transição pra ser profissional, entender o passo a passo, entender que não é do dia pra noite, entender que esse hit que eu tive, por exemplo, é algo que não é sempre, talvez eu nunca tenha mais na carreira.

Eu fiz uma transição muito brusca, eu só larguei meu trabalho de vendedor e fui jogar poker sem entender muito, e não deu muito bom, eu penei até engrenar as coisas, e até hoje eu luto por uma estabilidade. Então não é fácil, mas é possível, com dedicação, trabalho duro e cuidado com o off poker é muito importante pra galera que quer se profissionalizar. Muita gente negligencia isso e é algo que eu vejo que é muito importante.

E vai estar na próxima etapa do Gauchão?

Sim, devo chegar um dia antes, pra começar jogando descansado. Vamos meter bala, se Deus quiser, somar mais pontos e assumir a liderança do ranking paralelo, ou pelo menos o top 3. Essa vai ser uma mega etapa e, depois de algumas traves, eu sinto que tá chegando a hora. Vamos lá, tentar fazer história e comemorar com os amigos, não tem coisa melhor.

Erick Marques - Foto: Alan Grutka
Erick Marques em ação no Super High Roller, na 1ª etapa de 2025.

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Foto: Alan Grutka / niponika

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