Daniel Negreanu volta a polemizar sobre high rollers nas redes sociais

Após ter causado polêmica recentemente com opiniões sobre os torneios high rollers, Daniel Negreanu voltou a movimentar as redes sociais ao reacender o debate — desta vez, direcionando o foco para a estrutura desses eventos. Em sua primeira manifestação, o embaixador do GGPoker havia afirmado que os lucros obtidos por jogadores de high stakes não refletiam a realidade, devido aos inúmeros custos e acordos envolvidos. Assim, em sua visão, os ganhos seriam “apenas uma miragem”.
Em nova postagem na plataforma X, Negreanu criticou as estruturas turbo adotadas por muitos desses torneios, alegando que elas reduzem a vantagem dos profissionais ao tentar nivelar o campo de jogo com os recreativos. “Quando os torneios têm estrutura turbo, o ROI (retorno sobre o investimento) dos profissionais diminui”, afirmou. “Há um limite para o quanto a habilidade pode influenciar quando a média de fichas está abaixo de 20 big blinds”.
Mantendo sua linha de raciocínio, ele reforçou que obter lucro nesse cenário exige um investimento extremamente alto. “Vamos supor que você acredita ter um ROI de 10% (...). Isso significa que, para cada US$ 1.000 gastos em buy-ins, você espera lucrar US$ 100. Para alcançar um lucro de US$ 1 milhão no ano, seria necessário investir US$ 10 milhões em buy-ins”.
O “Kid Poker” concluiu que jogadores que atuam com o próprio dinheiro em torneios de médio e baixo stakes, com estruturas mais lentas, tendem a ter um retorno financeiro mais consistente. Segundo ele, essas condições favorecem o desempenho técnico contra oponentes mais fracos, o que amplia a margem de lucro.
A publicação reacendeu o debate na comunidade e gerou inúmeras respostas. Um dos destaques foi Scott Seiver, detentor de sete braceletes da WSOP, que respondeu com uma provocação: “O que o seu eu de 21 anos pensaria ao ler isso? A sabedoria traz alegria?” Em tom reflexivo, concluiu: “Conseguimos manter aquele entusiasmo juvenil e a vontade de fazer algo só por fazer, sem precisar calcular tudo? Nunca me diga as probabilidades — eu quero apostar e estar em ação. É isso que importa”.
Foto: Regina Cortina