Caso Goldstein: advogado alega ter mais de US$ 3,3 milhões em dívidas

O caso do renomado advogado americano Tom Goldstein, acusado de sonegação de impostos em um processo com 22 denúncias, ganhou um novo capítulo. Em uma petição entregue nesta quarta-feira (6), o "maníaco dos high stakes", como foi chamado por Dan Bilzerian, declarou possuir dívidas superiores a US$ 3,3 milhões.

Em oficio à juíza federal de Maryland, Lydia Kay Griggsby, ele solicitou a anulação da decisão de um juiz de primeira instância, que impedia a substituição de sua casa em Washington, D.C., avaliada em US$ 3,2 milhões, por uma garantia alternativa. Anteriormente, havia sido determinado que Goldstein entregasse o imóvel caso não comparecesse ao tribunal.

A defesa de Goldstein argumenta que essa imposição viola seus direitos constitucionais, garantidos pela Sexta Emenda, pois ele não poderia usar o valor da casa para financiar sua defesa legal. O advogado afirmou que não foi pego de surpresa pelas acusações, já que estava ciente da investigação há mais de quatro anos e mantinha contato frequente com o governo por meio de seus advogados.

A investigação criminal foi iniciada pelo Ministério Público dos Estados Unidos em 2020, e Goldstein tem se preparado para enfrentar as acusações desde então. Enquanto aguarda o julgamento, ele está proibido de participar de qualquer tipo de jogo de poker, seja online ou ao vivo.

Ainda nesta quarta, o juiz Griggsby aprovou um pedido dos promotores para uma ordem de proteção sobre "aproximadamente 60.000 documentos" reunidos pelo Ministério Público dos Estados Unidos. Os advogados de Goldstein, John Lauro e Christopher Kise, contestam veementemente as acusações, argumentando que o governo agiu de forma precipitada e sem compreender todos os fatos relevantes do caso. Eles afirmam que Goldstein pretende lutar vigorosamente contra as acusações e esperam que ele seja absolvido no julgamento